Como somos o dado sangrento esse é meio que um tema obrigatório, já estava preparando esse post a um tempo, mas só agora tive saco a audácia de escrevê-lo. É provável que se você joga mundo das trevas ou algum RPG mais próximo do horror (ou do Trash) esteja acostumado a ver esses temas na mesa com freqüência.
Porém, se você joga D&D, talvez isso não seja algo corriqueiro para você, entretanto, é algo que, apesar de parecer desnecessário, pode ajudar bastante na narrativa e no realismo do jogo. Ver seu bárbaro cortar cabeças é bem legal, mas acho que você nunca pensou em interpretar ele se limpando do sangue ou, ao menos, se sujando de sangue ( lembre-se desse detalhe).
Contudo, o que realmente importa no jogo não é o sangue (apesar de ser bem legal muahahahahahha..cof cof cof cof...), é a violência. Por algum acaso você se lembra de se sentir culpado por matar algum PdM alguma vez na sua vida? Se a resposta for não, nunca deve ter parado para pensar que aquele ser podia ter uma família, amigos e pessoas queridas, que aquela morte pode ter tido consequências para alguém; apesar de não parecer óbvio, isso é a violência.
Quando um PdM aliado seu morre, merece um funeral, um inimigo fica simplesmente jogado no chão, esperando por uma pessoa qualquer para, ao menos, enterrar o seu pobre corpo. A real violência não esta no sangue ou nas batalhas, mas nas emoções humanas levadas ao extremo através de situações tristes e difíceis.
Através desta analise podemos perceber que até mesmo as drogas e a traição podem ser encaradas como atos brutais em uma campanha, portanto, se pretende tornar sua campanha mais destruidora adicione mais partes de desestruturação da capacidade humana, pois apenas assim seus jogadores vão sentir na pele o que é a Violência. O melhor modo de colocar esses temas da campanha é a guerra, pois é nela vivemos em um momento onde tudo é difícil e as pessoas não tem muitas opções além da brutalidade. A guerra, como Durkheim dizia, é a pura anomia, é onde tudo ganha justificativa, é aonde nada faz sentido, onde tudo ganha motivo
Por enquanto é isso, na parte 2 vou falar mais sobre como utilizar melhor a violência em sua campanha. Espero que tenho gostado e continuem a jogar RPG, porquê é bom pra c@r4l80.
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Escrito por: Carlos Roberto
Formatado por: Artur Paes
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