8 de jul. de 2011

Viajando no RPG


Olá galera, tudo bem? Estou meio sem sono, são meia noite de quarta feira e decidi que iria escrever um post enquanto bebo o liquido sagrado (água), acabei de tomar meus remédios para dormir, pois estou meio ansioso com minha primeira viagem internacional. Hoje decidi tratar de um dos temas clássicos que todo narrador e jogador de jogos de RPG clássicos costuma vivenciar: A viagem.


Em partidas de D&D, principalmente, é comum os personagens terem que se deslocar de um local para outro várias vezes, sendo, em alguns casos, até mesmo o tema de muitas campanhas, a "grande jornada". Este é o tipo de aventura clássica que vemos em livros como Senhor dos Anéis, que, na minha humilde opinião, mostra uma forma muito interessante e peculiar de se apresentar este tópico.

A primeira coisa a ser levada em consideração é o objetivo dos envolvidos, o porque deles terem embarcado nisso, usando o exemplo acima de Tolkien, Frodo começou a viajar para destruir o anel. Pode parecer que o objetivo precisa ser algo realmente importante, porém a verdade é um pouco diferente, na realidade, o que realmente importa é o destino, pois ao longo do caminho eles irão encontrar intempéries que tornarão a jornada em algo memorável, afinal, o que seria da trilogia do anel se não houvesse nenhum problema?

Tendo tomada esta decisão, passamos a parte que, ao meu ver, é a mais complexa, a forma como você irá narrar. Existem formas muito diferentes de se narrar uma viagem, a primeira, e mais fácil, é simplesmente falar: "Vocês andaram por 12 dias e finalmente chegaram na Taberna do Unicórnio Púrpura...", ela é excelente para cortar o "lero-lero".

Outra é narrar dia por dia, apenas tomando cuidado para evitar o clichê: "E vocês andam, andam, andam e andam mais um pouco...Ah...Joga um teste de percepção ai Ranger!", o mais interessante neste caso é contar detalhes da fauna e da flora (bem, eu gosto de geografia de uma forma meio desumana, tanto que irei ingressar no curso superior desta linda matéria ano que vem, então meio que tenho uma noção boa disto), porém, se você não souber muito sobre o tema, dê curtas descrições sobre o geral, seus jogadores já acharão menos chato do que ouvir você dizendo que eles andam.

A última maneira, a qual eu simpatizo muito por sinal, é narrar apenas os momentos importantes, vá direto para os combates, para as noites no acampamento e etc. Só tente não abusar muito disso, se toda cena for importante seus jogadores vão começar a perder o animo, pois sempre acharão previsível, procure fazer cenas inúteis as vezes, peça testes de percepção e os assuste com sombras estranhas que não passam de pombas no céu (algumas vezes podem sair perolas, como um dia que eu queria falar macaco e acabei por dizer Tiranossauro, meus jogadores foram para cima dele com toda ferocidade e, como não percebi, fiz eles enfrentarem um macaco e só notei que tinha falado porcaria depois de ter preparado todo o combate).

É claro que existem várias outras maneiras de narrar jornadas e viagens, mas estas são as que mais costumo usar, se usa outra poste seu comentário aqui, pode ser até anônimo, se você estiver com medo dos seres da caverna. Até a próxima, obrigado pela atenção e vamos jogar RPG...Espera aí, onde está meu copo d'água? :-S

Escrito por Carlos Roberto

Um comentário:

  1. Cara, gostei do post e acho sempre complicado narrar viagens. Adoto usar uma tabela de encontros aleatórios. Para cada dia, rolo um encontro. Eles variam desde encontrar um mercador que lhes oferece algo até combates.

    Isso ajuda a passar o tempo, cria espaço para interpretação e de vez em quando um combate pouco mortal...

    RPGames Brasil
    http://rpgamesbrasil.blogspot.com/

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