6 de jun. de 2011

RPG de Verdade: Deus Ex (Parte I)

Hoje venho falar de um clássico da história dos jogos eletrônicos, Deus Ex. Pronunciar este simples nome para quem já jogou traz incríveis memórias nostálgicas como talvez você nunca viu em sua existência, pois esta é uma daquelas obras que te marcam como se fossem um guerreiro do D&D 4e.
 
Ao ver o titulo deve estar perguntando se é um RPG de mesa baseado ou algo do gênero, porém, não, estou falando do próprio vídeo game. Ao longo deste "curto" artigo de algumas partes explicarei para vocês o porque do jogo ser tão bom, de ser, como disse acima, um "rpg de verdade" e por último como podemos usar estas características em nossas campanhas ou aventuras.O enredo começa no ano de 2052, onde o nosso querido mundo está em caos por causa de uma doença e de um repentino aparecimento de grupos terroristas. O protagonista, o qual encarnamos é J. C. Denton, um agente da Coalizão Anti-terrorista da ONU, que é melhorado por nanobôs que vivem dentro de seu corpo dando a ele habilidades sobre-humanas.

Neste cenário cyberpunk onde podemos encontrar com pessoas melhoradas por partes biônicas a quase todo momento, nada é o que parece, ninguém é realmente confiável, organizações secretas tomam conta de boa parte dos governos e a população não pode fazer nada além de assistir. Durante o desenvolvimento da história, vemos várias conspirações se interligando de formas bem interessantes e, algumas vezes, bizarras.

Entretanto, não é apenas o enredo em si que faz do jogo o que ele é, o que importa na realidade é a forma como ele se adapta a como você joga, pois em vários momentos são feitas escolhas que estão implícitas ou explicitas, por exemplo: a qualquer hora é possível matar o chefe da UNATCO e o jogo irá se adaptar a isso. Isso faz dele algo diferente de qualquer coisa disponível na época, já que os jogos com escolhas são extremamente recentes.

Em nenhum momento (a não ser quando J.C. morre) aparecerá alguma tela de Missão Falha, por que alguém que não podia ser morto foi ou você não completou o objetivo na forma mais fácil. Alias, a liberdade para se completar os objetivos é assustadora em alguns momentos, tendo-se opções que vão desde pagar um suborno para o guarda até arrombar portas com sua bazooka. Para se ter uma idéia interessante, é possível zerar sem matar sequer um inimigo (meio difícil, porém, possível. Procure no YouTube por "Nonlethal Walkthrough").

Além de todos estes fatores, o jogo também era inovador na época por ser uma mistura de gêneros inédita: FPS+RPG, hoje encaramos isto como algo comum, graças a popularização de Fallout, Oblivion e outros, porém em 2000, era uma novidade nunca antes vista. A junção é tão incrível que se não fosse pela quantidade absurda de escolhas acho que a maioria das pessoas não notaria que é um RPG.

Apesar de tudo, hoje em dia seus gráficos já estão bem ultrapassados e o áudio não tem a melhor qualidade, porém o jogo continua tão bom quanto antes (e tem a vantagem de ser mais barato). Outra coisa muito boa nele é a trilha sonora, que mereceria um post só para ela, conta com uma mistura de Techno, Jazz e Música Clássica, com um tema principal arrepiante de tão f0d@.

Poderia passar dias falando sobre esse jogo e ainda não estaria fazendo jus ao quão boa esta obra de Warren Spector consegue ser, por isso vejo vocês no meu próximo post, onde tentarei falar mais sobre ela. Então vamos jogar RPG e Deus Ex porque ambos são bons pra kr@l40!.

Escrito por Carlos Roberto.

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