Se você está lendo aqui, é por que você avaliou todas as possibilidades, todos os riscos e decidiu que uma viagenzinha mental de tempos em tempos não poder ser tããããão perigosa. Mas chega de avisos e alertas, vamos ao que interessa
Durante o tempo em que estive jogando RPG, percebi que certas situações peculiares estavam se repetindo com certa frequência, no começo eu as ignorei porque uma coisa pode ocorrer mais de uma vez no universo. Com o passar das reuniões e corujões, no entanto, notei que havia algo estranho por entre as linhas misteriosas do universo da probabilidade e da estatística sobre as quais o rolar dos dados interpretação, enfim , O RPG estavam submetidos.
Intrigado com essas “tendências universais”, resolvi observar com mais afinco os detalhes das reuniões as quais eu comparecia. Aqui algumas de minhas observações:
# NPCs MISTERIOSOS: em certa sessão de D&D estava eu, ou melhor, meu personagem Alexander, um batedor meio-elfo, bebendo conhaque no bar da casa do bardo da nossa equipe (se você sabe do que um bardo é capaz, sabe também que foi ele que construiu essa casa no meio do nada), quando de repente o mesmo desce correndo as escadas e assume posição de defesa frente a porta de entrada, assustado com aquela epifania, corri para a porta também e lá fiquei mas não me contive e olhei pelo olho mágico, era uma mulher bem emo-gótica-depressiva que se aproximava, meu personagem que também tinha um Q de depressão, logo se apaixonou por ela.
Como era de se esperar eu a “consegui” depois de muito rolar de dados e falhas críticas. Eu estava todo felizinho e coisa e tal até a reunião seguinte.
A tal emo-gótica-depressiva e agora médica também, começou a agir de modo suspeito, sumindo de repente, fazendo perguntas esquisitas, mostrando que sabe mais de criaturas das trevas do que o considerado normal e por ai vaí. Até então eu estava achando aquilo perfeitamente aceitável para o perfil dela, até que na reunião antes da antipenúltima sessão veio a bomba.
A nossa equipe estava pronta para conseguir a penúltima orbe (de 7 orbes) quando de repente ninguém menos que a nossa medigótica surge do nade e toma posse da orbe…eu em plena inocência digo: muito bem minha querida, mas agora vamos que temos muito mais o que fazer, mas para a decepção do meu personagem ela responde: erm…Alexander, tipo, eu não estou mais do lado de vocês, mas foi bom enquanto eu te usei…adeus………………………………………
(Ouch!) Pois bem, se vocês estiverem jogando RPG e um NPC surgir do nada querendo entrar na equipe de vocês NÃO ACREDITE!!! Porque vai ser esse maldito NPC que vai trair teu grupo e jogar todo o progresso de vocês no lixo como fará também com o coração do seu pobre personagem. Se isso acontecer com você, lembre-se deste post, chame o/a npc de catilanguenta e mande ela enxugar o pé de um Rathalos:
# Criaturas Fofinhas no meio do nada: se uma criatura como essa cruzar o seu caminho, CUIDADO! Se afaste, evite contato visual, mantenha a calma que tudo vai dar certo. Essas criaturinhas são quase tão malvadas quanto os bichinhos de pelúcia daquelas gruas (aquela máquina cheia de bichinhos de pelúcia onde você colocava uma ficha e movimentava uma garra para tentar pegar o brinde, quase sempre você gastava mais do que deveria nessa máquina porque os bichinhos não possuiam aderência alguma), eles ficam lá no meio do nada esperando algum jogador desavisado para enganar. Como o velho guru do RPG diria “Ficais longe de criaturas carismáticas, ou sofrerás dano maior que sua C.A.”
O grande problema desse bichinhos bisonhos é que eles geralmente são chaves para um desastre iminente ou um inimigo fodástico disfarçado de lebre montanhesa. Lembro-me de presenciar um porquinho da índia ser uma armaldilha para um enxame de abelhas-macaco.
Fique longe de bichinhos bonitinhos!
# Gosmas, Líquidos e Fontes: você está no meio de uma galeria subterrânea iluminada por poucas tochas, quando subitamente você percebe que pisou numa gosma amarela que solta fumaça e cheira pior que um banheiro public de orcs:
A) Izsto non ecziste
B) mals aê galera, fui eu
C) Sinal de que vai ter um bicho sinistro virando o corredor
D) Elixir da Vida +++
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| Eu escolho a opção D rsrsrsrsrsrs NÃO CAPETA!!! É a opção C mesmo, quando você virar o corredor vai aparecer uma criatura sinistra parecida com um crocodilo de seis patas e 12 fileiras de dentes prontinho para te transformar em suflê de elfo. Em poucas palavras, se você ver/pisar/cair em uma gosma, se prepare que ai vem coisa. Agora imaginemos que você está dentro de um templo abandonado investigando o possível roubo de uma carga, você acabou de enfrentar um orda de goblins e seus pontos de vida estão perigosamente baixos, mas para sua sorte você acha uma bacia contend um líquido que parece limpo, saudável e convidativo, se você tiver sorte, pode ser até um tônico que irá recuperar seus PVs, sem pensar duas vezes, você mergulha sua cara feia e bebe tudo como se não houvesse amanhã. YOU LOOSE! Você não pode fazer isso em hipótese alguma porque o líquido pode não ser nada, pode ser apenas água, pode até ser a resposta para um enigma, mas também pode ser um belo de um veneno ou outra substância psicotrópica, como o pote que a tia Nena usa para limpar a lixa de pé que ela usa. Por via das dúvidas, melhor nem arriscar. Para finalizar, imaginemos que você chegou em uma sala sem saída aparente, no centro existe apenas uma fonte, grande o suficiente para ser uma piscina, você olha para os lados e…nada a sala ainda está vazia, você se volta para a fonte e: PULA DENTRO DELA!!!!! =D  |
Pode até ser que você se refresque nessa fonte, porem, a teoria da tendência universal diz que você cometeu o maior erro da vida do seu personagem porque tenha certeza que do nada a agua vai começar a borbulhar ou alguma coisa vai tocar suas pernas e se você não fizer nada, ou você sera puxado para baixo e se afogará, ou um pleisioth vai surgir atrás de você de boca escancarada e te levará para conheçer o jardim de algas marinhas dele.
Então, como medida de sobrevivência, não importa o que aconteça, EVITE FONTES SUSPEITAS!
# Intimidando oponentes: você está lutando contra um ogro verde que vive em um pântano o qual você está invadindo, ele urra: CAIAM FORA DO MEU PÂNTANO!!!! Mas você não liga porque algo te diz que dentro da casa do ogro você encontrará a resposta. Até agora você estava indo muito bem, tão bem que você consegue desarmar o oponente que se afasta. Aconteçe que você está bem cansado e não vai conseguir sustentar aquela batalha por muito mais tempo, como bom jogador que você é, você usa a estratégia da “falsa misericórdia” e diz ao ogro: saia do meu caminho que eu te deixo viver sua vidinha miserável nesse pântano nojento que é a sua cara.
Pronto, você está novamente sujeito a uma tendência universal: o teste nos dados para intimidar o oponente tem enormes chances de falhar, pensa comigo, o cara é um ogro, mais feio que o pé da tia Nena quando ela esquece de passar o creme, ele não vai ter medo de você, essa estratégia só funciona com oponentes aparentemente mais fracos e de espírito mole.
Minhas anotações chegam até aqui, vou continuar com minhas observações nas futuras sessões de RPG, no mais eu recomendo que vocês leitores deem um jeito de lidar com o paradoxo que vocês adquiriram lendo esse post (talvez tomar isso em danos emocionais ou futuros pode ser mais agradável). Assim que for possível eu posto outras tendências, mas agora eu tenho que sair, creio que daqui a pouco vão entrar caras de roupa preta pela minha janela e vão me levar para uma sala escura alegando que eu sei demais mas enquanto nada acontece, é melhor que eu... AAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!! SOCORRO!!!!!!!!!!!!!!!!!! NAO!!!!! NAO VAO ME LEVAR!!!!!!!!!!! NAO VAO ME ……………
Escrito por: Artur Paes
Formatado por: Artur Paes
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