19 de abr. de 2011

Sobre os Transportes Intergalácticos


Desde os primordios dos tempos não faltaram tentativas de criar o transporte ideal, busca justificável, pois até mesmo a luz tinha que parar para retomar fôlego depois de alguns parsecs percorridos, o primeiro veículo a se lançar no campo dos 300000 Km/s, mostrou o quão seguros e recomendados eram os defletores de massa. Esse evento também mostrou aos mais transcendentais e hiperinteligentes seres que o Universo é o valentão.



Nesse contexto, não foi surpresa alguma a descoberta das facilidades e conveniências do Hiperespaço, que permitia que naves viajassem a velocidades maiores que a da luz com tempo de divagar sobre os mais profundos mistérios da arte dos seres supostamente inteligentes da nebulosa nem tão nebulosa assim de Szälendorff. Mesmo assim, os propulsores de hiperespaço começaram a ficar tediosos e consumiam muita energia, isso não os impediu que continuarem sendo produzidos, até mesmo porque não havia nada melhor.



Cientistas em Damogran, conseguiram aperfeiçoar o Gerador de Improbabilidade Infinita, uma variação do Gerador de Probabilidade Finita…uma criação formidável que quando atingia improbabilidade máxima, era capaz de fazer uma nave estar em qualquer ponto do universo, ao mesmo tempo, de todas as formas possíveis. Por um bom tempo, foi considerada o meio mais eficiente, mais divertido e menos provável é claro, jeito de viajar pelo universo. Mesmo assim, nem uma improbabilidade máxima conseguiu escapar do tédio que aplicamos a tudo.

Claro que mais tarde alguém em algum lugar encontraria uma alternative ainda mais eficiente, ainda mais divertida e talvez menos provável que a anterior, mas que iria revolucionar todos os conceitos. Esse alguém, foi um jovem do pequeno planeta Zion69, que teve a idéia, enquanto embirrava com sua mãe, de criar O Propulsor Universal.

O Propulsor Universal:
A vantagem desse sistema em relação aos outros era que uma nave com um propulsor universal era capaz de desprender-se do tempo e espaço e logo, capaz de viajar, teoricamente, a qualquer velocidade. Sendo assim, a nave que o possuisse, poderia tecnicamente ficar irreconhecível para o universo momentaneamente.

Isso é possível porque a nave gera um universo que engloba a nave e que pode ser alterado devido sua extensão, essa camada de universo deixa a nave irreconhecível ao universo original, logo, nenhuma regra se aplica ao universo que recobre o veículo, sendo assim, ele se torna capaz de atingir velocidades infinitas em espaços de tempos yoctonais.

Em tese é o transporte perfeito, não gera improbabilidades e nem efeitos metabólicos desagradáveis, mas ele acarreta um problema ainda não resolvido por completo, é mais ou menos assim:

“Quando um veículo gera um universo em torno de si e portanto se desprende do espaço-tempo original, torna-se improvável que o veículo volte a ser reconhecido, como se o universo ficasse de mal-humor pela heresia e condenasse o universo manipulado a ser imcompatível naquela dimensão. Mais uma vez, esse é o universo dando uma de valentão”



Agora que você conheçe mais um pouco sobre o Universo, escolha seu transporte e embarque na nave mais próxima!
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# escrito por Artur Paes que recentemente leu o Guia do Mochileiro das Galáxias de Douglas Adams e ficou inspirado…até demais.

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