Mas antes, vamos fazer nos fazer uma pergunta: você já teve um herói favorito? Aquele herói que você se identifica tanto que quer que sua vida pareça o máximo possível com a do personagem em questão? Por exemplo, para mim o herói supremo é o homem de ferro, a Marvel tomou uma posição linda quanto à nova forma como os heróis estão sendo formulados, eles estão se tornando cada vez mais próximos aos humanos e quem sabe com muita sorte ,uma pessoa nas mesmas condições poderia se tornar aqueles que são utópicos a nós.
Mais deve estar se perguntando, “Ô tio Fox, por que você está falando da Marvel quando deveria estar explicando os vilões, em especial o seu?”, calma meu pequeno pirilampo, eu chego lá...vem comigo.
Sabe aquela conexão que você tem com seu herói predileto? Então, o mesmo acontece com os vilões, você sente tanto ódio do ser, mais tanto ódio que quer colocar tantos chutes quanto possível na bunda do sacripanta. [Sim, amor e ódio são dois lados de uma única moeda]
Vou usar o mesmo exemplo que o Artur usou:
Coringa
Não vou usar os quadrinhos como referência agora, eu não os li e vou deixar claro que não me interessam os sentimentos que lá imprimidos. Não senhor, vou usar como referência o filme de super herói mais aclamado pela mídia, Batman The Dark Knight, nesse filme, o vilão faz tão bem o seu papel que o público, literalmente foi a loucura, claro que o Coringa, pelo meu pouco saber, teve um passado catastrófico, concebendo uma mente que até Freud ressuscitaria pra entende-la.
Mais me diga, qual é o objetivo deste vilão...ser mau...sim, exatamente, ser mau que nem algo muito mau e não esses vilões comuns que vivem para roubar os cofres de uma cidade para enriquecer ou ir para a Bahamas e beber até não ter mais fígado, em nenhuma hora do filme ele demonstra essa tendência. Outra possível discussão seria vingança, porém essa é um pouco mais difícil de deduzir, por mais que o vilão mate o protagonista ele deveria ter uma finalidade máxima para isso, digo uma conseqüência e não uma causa e é ai que quero chegar.
Um vilão como o próprio Artur disse tem de ser mau somente pela finalidade do mau, quando há algo por traz, ou seja, quando o motivo é por um trauma ou até desejo de vingança, a imagem do antagonista da história vai enfraquecendo ao passo em que novos vilões do mesmo tipo surgem, fazendo com que o vilão primeiro perca o poder de ser mau por ser mau.
Vejamos outro exemplo do que pra mim é um vilão malvado:
Na minha humilde opinião, The Legend of Zelda: Ocarina of Time (N64) é o melhor jogo do mundo, portanto eu não deveria discuti-lo tão abertamente por ser, qualquer insulto feito a ele, um insulto a minha pessoa mesmo. Mas vou tentar ser objetivo.
Ganon tem o objetivo único e verdadeiro conquistar e reinar Hyrule, o reino onde se passa toda a trama do jogo sendo que ao longo da mesma ele matará e destruirá qualquer coisa que entrar em seu caminho, ou seja, ele faz o mau para...vamos dizer...transformar o mundo em trevas absoluta. Portanto, nada mais justo do que dizer que o vilão perfeito é mau por que é mau e isso não mudará.
Agora vamos ao meu vilão: Espadilha
Espadilha foi originalmente meu primeiro vilão nos RPGs, eu o criei com a finalidade de ser tão mau quanto o Coringa montado em cima do Ganon.
Na época poderia não parecer, mais eu havia estudado muito o livro do Vampiro: A Máscara para mestrar para os meus fiéis amigos, já possuía um jogo todo armado e estruturado na cabeça desde o começo, algo errado que eu desconhecia, pois você tem sempre que lembrar da subjetividade dos jogadores, ou seja, você não pode esperar uma reação pré-definida dos protagonistas, que no caso são jogadores, podendo os mesmos agir da maneira mais livre que puderem, isso não é lá muito compatível com um jogo todo rígido e fixo. Mas como eu ainda era um iniciante no universo RPG (podemos sim dizer que comecei minha vida de RPGista como mestre, o que vai um pouco contra o fluxo mais comum jogador digivolve para Mestre) eu recebia um bom suporte teórico (e prático) de um amigo, o Rocha, que me ajudava nas aventuras [O Rocha na minha opinião é o melhor RPGista de Uberlândia - MG] que dizia o que faltava em minhas campanhas e o que havia de excesso. Certo dia ele chegou para mim e comentou que o que faltava nas minhas aventuras era um vilão forte, foi ai que criei o Espadilha.
Ele (O Rocha) me ajudou a montar o monstro que estava por vir, disse ele que o vilão tinha que se assemelhar com a psiqué do coringa e ao mesmo tempo ter uma personalidade minha. Havia pouco tempo que eu tinha acabado de ver Hellsing na época por isso inspirei-me no visual do vampiro-vilão no famoso Alucard:
as diferenças eram seu chapéu (que tinha uma pena) e sua roupa, que na minha mente não tinha combinava com o figurino trajado pelo protagonista do anime. Tudo bem que eu copiei várias detalhes na aparência, mais isso não importou muito na época. Para terminar, ele usava uma bengala com um crânio de empunhadura. (*enxuga lágrima*)
A primeira vez que mostrei o Espadilha, quis deixar claro que aquele não seria somente mais um na lista de mortos, tanto que ele praticamente dizimou os personagens-jogadores [P.Js] (um perdeu as portas do carro [Artur diz: JMFC eu te odeio eternamente por ter arrebentado as portas do meu querido carro], os outros quase foram mortos, só não aconteceu pois eu tinha uma criatura que os salvou antes da morte, que por sinal também era odiado, esse era nosso malkavian Freud, que achava ser o psicanalista. [Não me diga?!]
Depois de muita discussão para entender o que foi aquele show de poderes apelões, os personagens começaram uma caçada explosiva contra aquele que viria a ser meu vilão favorito. Eles haviam testemunhado seu poder e agora tinham que derrota-lo.
Depois de algumas pequenas seções rotina, senti a vontade de usar o Espadilha de novamente, então expus o verdadeiro objetivo dele, mostrar aos humanos que os vampiros existem e novamente escravizar toda esta espécie. Espadilha então atraiu os P.Js para um suposto calabouço onde montou uma série de armadilhas, a lá Jogos Mortais e disse aos Jogadores que se não conseguissem desarmar as câmeras pela sala, as mesma iriam mostrar em todas as redes de televisão um sacrifício de duas mulheres feitas por um vampiro em puro frenesi.
Imagine o coração dos personagens, melhor pergunte a um deles, o Artur foi um dos que enfrentou esses desafios, eles tremiam enquanto faziam os desafios na mesa, rolavam os dados desesperadamente, e tentavam fazer o impossível pra impedir uma catástrofe. [Artur diz: eu estava tremendo de raiva do Espadilha]
No final eles conseguiram desarmar uma das armadilhas, mais a outra... eles falharam. A Inglaterra (local onde se passava o jogo, mais precisamente em Londres) estava o caos, Raul o vampiro que passava as missões para os P.Js (interpretado pelo Rocha) havia se tornado Príncipe e decidira que era melhor sair de Londres e escolher o lugar mais caótico possível, Roma. Os Protagonistas/Personagens-Jogadores então planejaram toda uma viagem para transportar Raul sem que Espadilha o matasse, iriam levar o verdadeiro Raul de avião, enquanto um falso iria em uma lancha. (Acontece que no avião um fiel ajudante de Raul se transforma misteriosamente e corta a cabeça do verdadeiro Raul, o traíra então pula do avião maculando o destino dos jogadores)
Chegando em Roma, os P.Js foram se preparar para os iminentes desastres, um apelou ao Vaticano enquanto outros foram até o cerne do problema, até que todos em um certo momento recebem uma carta dizendo para irem ao Coliseu, onde encontrariam o Espadilha e todos os seus capangas. Uma vez lá, o vilão desafiou os personagens para um campeonato, se sobrevivessem, ele os daria uma chance de derrota-lo e assim o fez.
Depois de uma luta épica e árdua, o vilão cai literalmente por terra, mas não está morto. Para honrar a sua maldade e sua falta de apego a vida alheia, Espadilha diz algumas instruções em seu comunicador de lapela...nisso um helicóptero que o resgata, mas antes de subir na escada de cordas, Espadilha pronúncia: No final, eu sempre ganho. Ao dizer isso ele abandonou o Coliseu. Os personagens ficaram sem rumo e sem ação, mas antes de tomarem qualquer decisão, um clarão enorme toma conta da arena, uma enorme bomba nuclear explode destruindo Roma inteira. [adivinha de quem é a bomba????????]
Essa foi a primeira de muitas aventuras as quais eu usei esse vilão que se tornou meu favorito, aproveito para pedir para os meus jogadores comentaram e deixarem seu parecer sobre o assunto, afinal, ser mau é um dom de poucos no mundo dos games/filmes/HQs/mangás e outros, acho que consegui fazê-lo montando o Espadilha.
Depois eu divulgo outras aventuras contra o vilão, se não acharam o exemplo que eu dei acima produtivo, paciência, era minha primeira aventura como RPGista, eu fui melhorando...perguntem aos meus jogadores, por enquanto... até a próxima!
Escrito por: Fox
Formatado por: Artur Paes
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