Enfim, finalmente um post para espanar a poeira e limpar as teias de aranhas, nos últimos meses conseguimos esgotar nossa criatividade e tempo, sem contar que a vida de um estudante nunca fora tão atribulada, mas deixando esse assunto de lado, vamos ao que interessa. O post de hoje vai tratar sobre a importância da sinergia entre mestre e jogador, um assunto um tanto repetido mas que é de suma importância para uma boa mesa.
Em uma empresa, o chefe ou gerente de algum departamento costuma dizer que a empresa funciona porque todos que ali trabalham são como engrenagens de uma grande máquina, por tanto, se uma engrenagem não consegue desempenhar bem sua função, a mesma acaba interferindo no desempenho das outras, o que é algo bem característico do modo de produção Toytotista, caracterizado pelo dinamismo encontrado até na relação patrão-empregado, onde todos são fiscais de todos. Em uma campanha, aventura ou até mesmo one shot, a continuidade da narração depende da participação tanto do mestre quanto do jogador em proporções equivalentes, como engrenagens em uma máquina, se uma trabalha mais do que outras, o processo desanda.
Um mestra já veterano e com mais experiência, tende a criar desafios e mais desafios para si mesmo, como narrar um sistema de criação própria, criar um personagem mais elaborado, um cenário complexo e recheado de detalhes, uma vasta gama de recursos para testar a sua própria capacidade de coordenar esses elementos (observe que estou tentando apenas mostrar uma tendência que eu andei observando, não se deve generalizar). Acho justo que um mestre procure sempre inovar-se, mas mais importante do que melhorar suas habilidades, um mestre deve manusear a mesa de modo que o jogo, sistema, cenário, NPCs e entre outros se tornem interessantes e atrativos para os jogadores, o que pode ser muito bem feito sem a necessidade de criar tantos desafios.
Um bom jogo é aquele onde todos conseguem, sem muitas dificuldades, imergir na narrativa e até mesmo modificar o rumo dela, um sistema muito detalhista e, as vezes, muito exótico, pode ser interessantíssimo para o mestre ao passo que mostra-se maçante para os jogadores que se veem presos a um cenário monótono e com poucas ações. O mesmo pode ocorrer quando se dá um enfoque exagerado em um NPC, deixando de lado o cenário e a dinâmica de jogo.
Bem, no próximo post tentarei focar mais no jogador como fator de sinergia ao invés do mestre como tratei acima, até a próxima.
Escrito por Artur Paes.
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